“(...) transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus.” – Romanos
12:2b
O que Paulo quis dizer com “boa,
perfeita e agradável vontade de Deus”? Se lermos de traz pra frente,
compreenderemos que na verdade trata-se de uma afirmação, ou seja, que a
vontade de Deus é boa perfeita e agradável! Entretanto é comum que muitos
confundam vontade de Deus com permissão de Deus. A permissão de Deus é confirmada
na Bíblia, através do livre arbítrio, bem como pelo amor de Deus o qual leva-o
a cumprir com os desejos do nosso coração, conforme transcrito abaixo:
“Eis que ponho sobre ti a benção
e a maldição (...).” – Deuteronômio
11:26
“Alegra-te pois no Senhor, e Ele
satisfará os desejos do nosso coração”. – Salmo 37:4
Segundo o dicionário, livre
arbítrio significa: “O livre arbítrio
inclui o princípio de que o homem tem consciência de que pode fazer opções, não
deixando simplesmente que aconteçam; ou seja, o homem assume o controle das
próprias decisões, sabendo que moldarão a sua vida.”
Nesse sentido é possível observar que a vontade de Deus não se anula
quando agimos por conta própria, mas ela permanece, é imutável . Mesmo Ismael
não sendo filho da promessa, Abraão estendeu a benção também sobre Ele, uma vez
que esse foi o seu primogênito e Deus o atendeu, conforme lemos acima!
Precisamos compreender que vontade, conforme definição no dicionário,
é:
Vontade: “Nome dado à capacidade de uma pessoa agir (ação)
com intencionalidade definida.”
Permissão: “Autorização, consentimento (omissão),
licença.”
Dessa forma podemos compreender que vontade de Deus é algo revelado,
que se expressa por meio da ação de Deus, enquanto permissão não é revelada, se
expressando por meio de sua omissão. Diz-se algo revelado, uma vez que Deus em
sua soberania, nos concedeu o livre arbítrio, conforme lemos anteriormente,
enquanto que a permissão, uma vez que ele revelou sua vontade, em nos optando
por não a seguir... estaremos automaticamente debaixo de sua permissão.
Considerando que servimos um Deus que não é um Deus de confusão, sua
vontade jamais irá contrariar sua palavra, seus princípios e seus valores, uma
vez que o homem não conhece sua palavra, seus princípios e valores, certamente
estará sujeito a confundir permissão com vontade de Deus. Se assim acreditarmos
que TODA escritura é inspirada por Deus, ou seja, por Ele revelada,
compreenderemos que quando Deus nos revela sua vontade, é como se Ele estivesse
em nós dando continuidade em mais um capítulo da sua Escritura Sagrada!
“Toda a
Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreensão,
para corrigir, para instruir em justiça; “- 2 Timóteo 3:16
Como porem isso ocorre? A resposta está na multi manifestação do poder
de Deus a qual se da segundo sua vontade, porem, também de nosso nível de
intimidade com Ele. Não é nosso nível de intimidade que determina o quanto Deus
vai nos falar/ revelar, isso é
decorrência da sua soberana vontade, nossa intimidade vai determinar o quanto
do que Ele nos fala nós compreenderemos!
Entretanto, nossa ansiedade as vezes nos leva a fazer coisas, enquanto
nossas emoções nos levam assim a acreditar que trata-se da vontade de Deus,
enquanto estamos a viver a mera permissão de Deus. Não confunda mais permissão
com vontade, busque ter um relacionamento intimo com o Espírito Santo de Deus,
e peça-o para que te revele todos os dias a sua vontade e lhe de entendimento a
cerca da sua palavra, para que você não seja mais confundido.
Autor: Pastor Neto
Comunidade Evangélica Restaurar
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